quinta-feira, 17 de junho de 2010

E lá vem mais história...

Lembro do Chester chegando no DW. Lembro do Guilherme com a filha numa SUV preta descarregando aquele cão tão bonito, com olhar doce, mas que cinco minutos depois estava praticamente ateando fogo no ambiente. Border collies tem energia, mas aquele ali era um caso à parte.

Me lembro de fazer uma piada particular meio inconveniente, da qual a Monica, o Ze Roberto e o Gustavo riam muito, mas que eu evitava repetir pra não ferir os sentimentos de todo mundo que tava ali tentando fazer o Chester ficar mais civilizado: eu chamava o Chester de Nhac. Isso porquê ele vivia "nhacando" os outros cães, enquanto a gente estava ali naquele trelelê no DW, jogando conversa fora e esperando a hora de entrar na pista com os dogs. A Gilda, minha border que é uma tonta perfeita, tinha pavor dele e era vítima certa das mordidas que ele distribuia -- sem noção, sem força e sem a menor intenção de machucar, que fique claro. Ele era uma farra, e proporcionou a todos nós lembranças incríveis, da infância rebelde à vida adulta de profissional exemplar do agility que foi.

Perder um cão é um troço horrível, porque a gente desenvolve com os nossos dogs uma ligação que não tem como explicar, e eles nos retribuem o carinho e a dedicação que lhes damos num grau infinitamente maior. Meu consolo pra essas perdas é que certamente deve existir um céu canino. Que é melhor e muito, muito mais alegre do que o alegado céu humano; é mais festivo, caloroso e simples. Porque o amor dos nossos cães faz toda a diferença por conta da sua verdade e, principalmente, de sua simplicidade. Assim, não tem como um lugar cheio de cachorros deixar de ser tranquilo e feliz. Se eu puder escolher, é pra lá que eu quero ir, e com eles eu quero ficar!

Chestão, toca a farra aí aonde você estiver e torce por nós aqui nessa confusão :)

Vic Murat